domingo, 23 de outubro de 2011

Filosofias de chuveiro: sobre o tempo


Nossa passagem pela vida é apenas um instante; um piscar de olhos durante nossa existência; um sopro em meio a uma série de tornados; se compararmos com os bilhões de anos que decorreram até este momento em que nos encontramos agora.

Afinal, o que é o tempo? Podemos prendê-lo? Doá-lo a alguém? Levá-lo para passear? Comprá-lo em uma loja? Não podemos lhe atribuir características físicas, e por isso constato que ele pode ser irreal. Podemos considerar diversas formas de encará-lo. Como por exemplo: uma sequência de eventos lineares, movendo-se em uma determinada direção, ou então sendo cíclico, com eterna repetição e retorno.

Levanto a hipótese de que não passamos por estes bilhões de anos para chegarmos até aqui. E pergunto, se todo este tempo não passa deste determinado momento? Vamos imaginar que o passado e o futuro simplesmente não existam. Tudo o que temos é este mesmo instante que está sempre mutando. Tudo é transformação, onde vemos como passado registros desta mudança em formas físicas que transformaram-se. Nossas memórias não passam de registros que já mudaram em nossa mente. Estes bilhões de anos são um número criado por nós para poder calcular o quanto o instante alterou-se, para assim podermos dividi-lo e classificá-lo perante suas transformações.

O futuro é um leque de possibilidades de transformações que ainda não possui registros ou transformações físicas, e assim, não sabemos nada sobre ele. O que chamamos de passado, aquilo que já mudou,  não pode ser alterado. E os registros que ainda não aconteceram podem até certo ponto ser direcionados. Aos que buscam a lembrança da eternidade e querem deixar sua marca no mundo, resta a dúvida sobre até que ponto ficará marcado neste instante a eternidade que lutam em alcançar?

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