No livro
VII da obra A República, de Platão, o filósofo nos apresenta o Mito da Caverna,
conhecido também como A Alegoria da Caverna, onde o capítulo começa com a
proposta de imaginar na natureza, mais específico na nossa educação (ou falta
dela), um comparativo com uma experiência de prisioneiros vivendo em uma
caverna algemados pelas pernas e pelo pescoço, praticamente imóveis, onde o
raio de visão permitiria observar somente uma parede em sua frente.
A
iluminação do local consistiria em uma fogueira atrás destes homens, onde seriam
mostrados objetos, e os prisioneiros só poderiam ver as sombras destes objetos projetadas
na parede. Elas seriam nomeadas como se fossem os objetos reais, e as pessoas
nestas condições não pensariam que a realidade é se não estas sombras. Podemos
compará-las ao que aprendemos através do nosso convívio social como sendo
verdades absolutas de nossas crenças, religiões e nossa cultura, que muitas
vezes nos são impostas em visões muito restritas e pouco questionadas.
Um dia libertariam um prisioneiro de suas algemas, e este voltaria a sua cabeça
para a luz e para os objetos reais, e seus olhos doeriam, pois tendo as sombras
como sendo a realidade até então, seria difícil acostumar os olhos a uma luz na
qual ele não conhecia, que acabaria por causar muita dor e incômodo. Preferiria
continuar em sua ignorância e comodidade de julgar seu mundo de sombras como o
verdadeiro. Mas a experiência proposta faria com que ele fosse levado à força
da caverna para o mundo exterior.
Fora
da caverna, seu instinto desejaria olhar primeiramente para as sombras, e tudo o
que fosse semelhante ao que ele estaria acostumado, para depois, aos poucos,
conseguir enxergar os verdadeiros objetos, o céu, as estrelas, e finalmente a
luz do sol, entendendo como é ele o responsável pelas estações, anos, e tudo o
que dirige o mundo visível. Entendendo este novo mundo, ele acharia melhor ter
sofrido tudo que passou para chegar onde está do que voltar ao seu antigo
posto. Porém caso tentasse voltar à caverna para explicar aos outros
prisioneiros que seu mundo de sombras não passava de uma ilusão, na tentativa
de soltá-los e levá-los até o mundo exterior, o tratariam como louco, e se tivessem
a chance, acabariam por matá-lo.
480 ANOS ANTES DE CRISTO... é real ao dia de hoje, "O mito das cavernas", ainda presente, quando alguma liderança, surge como luz numa pequena comunidade, com novas ideias, e os politicos de plantão, as lideranças dominantes, não prestam atenção a suas ideias, não escutam, simplemente ouvem,ofuscando e deixando-os sem entusiasmo. No momento que estos obstaculos sejam superados, surgiram novos lideres, politicos com boas intenções, e as correntes que Platão a 500 a.c mencionava, seram rebentadas.
ResponderExcluirÉ espantoso mesmo o tempo que passou desde que o mito foi escrito, e como ele continua sendo atual em diversas áreas.
ExcluirTenho também esta expectativa de que algum dia as correntes sejam arrebentadas, principalmente em nossa cidade.