Se quiser saber mais sobre o funcionamento de uma máquina, comece estudando-a, e quando estiver confiante, é bom o exercício de desmontá-la peça por peça, conhecendo suas complexas engrenagens, para facilitar a manutenção quando algo estiver errado.
Apreciando a confusão de pensamentos com o objetivo de ordená-los aprendi a relaxar. Foi o prazer adquirido quando percebi que muitas vezes é bom desfrutar de um pouco de solidão. Talvez esteja indo contra o impulso das pessoas destes dias, que buscam incansavelmente a companhia umas das outras, tentando não pensar em nada para afastarem-se destes momentos, enquanto me coloco naquele grupo que muitas vezes chega em casa e fica alegre ao perceber que vai ter um tempo para estar sozinho.
Sou constantemente perguntado se não fico mal quando só, pois em alguns casos, procuro a rotina que me proporcione solidão. Porém, por que haveria de ficar? O problema só ocorre não se está de acordo com os próprios pensamentos. Em grupo, acabamos por fugir deles, e para mim, enfrentá-los causa até certo divertimento.
Nestes períodos, converso e escuto as várias partes que compõe este que vos escreve. Vários pedaços formando espelhos que não se encaixam, mas que desta forma, refletem posições diferentes da mesma pessoa. Divago idéias, resolvo questões, me perco criando mundos e personagens com seus pontos de vista, para assim, no fim, destruir universos e colar seus pedaços, me recompondo, me conduzindo em direção ao meu eu.
Adorei Gussa, e me ajudou a entender mais a minha estranheza de gostar de me ouvir, e não temer a solidão. é exatamente como você descreveu.Eu amo as pessoas, o barulho a algazarra. Mas está sozinha eu e eu mesma . Isso não tem preço.
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