Descobrimos pessoas compartilhando trechos em comum deste labirinto. Alguns permanecem encolhidos esperando ajuda, outros prosseguem com passos confiantes, certos de terem encontrado o melhor caminho. Destes não tenho como confirmar a verossimilhança de suas afirmações. Há ainda os que desejam que sigamos suas próprias trajetórias, e aqueles que encontramos ao acaso, procurando maneiras cooperativas para avançar, diminuindo ou acelerando o passo de acordo com nosso ritmo. Todos de alguma forma nos acompanharão, e em algum momento olharemos para o lado e perderemos seus rostos que desviaram-se por outros corredores.
No fim teremos traçado nossa própria rota, sempre apontando para a mesma saída misteriosa e desconhecida. Se pudéssemos olhar nosso labirinto de uma visão superior, provavelmente não seríamos impulsivos em apontar seu final com o dedo, quanto menos nos perderíamos tentando achar novos caminhos desconhecidos. Percorreríamos nossa vida tentando lembrar as escolhas, desde o primeiro momento ao seu desfecho, repetindo tudo como na primeira vez.
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