quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Poemas do cotidiano

Tinha planos de voar
E entrou para casulo
Sabendo a importância
De fechar-se em si
Para em seu interior
Preparar metamorfoses

Tinha planos pequenos
Imaginava ser inseto
Sonhava com gigantes
Que tropeçavam em pensar
Sabia que grandioso
Nunca foi sinônimo de belo

Permaneceu em seu casulo
Fez deste o seu império
Criando asas no imaginário
Gerou um universo singular
Do tamanho de uma noz
E governou as próprias estrelas

(08/12/2014)

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Por tantas vezes me doeu a vida
Por quantas a tive com encanto
Que por tê-la sentido tanto
Em odes e tragédias foi dividida
Carrego em meu peito manco
O segredo pra curar a ferida
A fuga deste pesado manto
Do dissabor da lágrima em branco

(08/12/2014)

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Somos os sonhos perseguidos
Sombras pretensiosas em ser
A realidade nos pesados passos
Aliviados nas doces fantasias
Que embelezam as dificuldades
Presentes por sonharmos a vida

Existir nada seria sem a embriaguez
Destas ilusões que não prometem
Não garantem ou dão certezas
Mas nada me garante o ter certezas
Ao descobrir verdades, não me contes
Se sou, é por que carrego sonhos

(09/12/2014)

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Comecei desenhando meu nome
Usei inexorável em escrita rotineira
Hoje trabalho em simplificar meus poemas

Comecei a ler nos gibis
Desandei em filosofias e crenças
Agora me encanto pelo estilo em si sustentável

Compreendi o caminho de toda a beleza ínfima

(09/12/2014)

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