quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Poemas primaverís

Hoje eu acordei para o tempo.
Deixei para trás o pensamento
Onírico, incapaz de defrontar
O peso e o curso das horas.

Perdi as minhas incertezas
Afastando todas as belezas,
Pois de nada valem os sonhos
Que não lutam perante Cronos.

Troquei as minhas humanidades
Por um acertado relógio de pulso,
Sabendo das suas fragilidades
De quebrar-se no próprio uso.

(Porto Alegre, 15/12/2015)

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Ter um porto entre mazelas
Um lugar pra regressar
Tão belas são as velas
Que te levam pelo mar

Guia-te seguindo o vento
Que o teu coração mandar
No relento aguardo atento
O meu farol te iluminar

O mar é de grande ilusão
Sê forte em tuas verdades
quando o norte for confusão

Sou o teu porto em tempestades
Aconchego para a solidão
E os meus caminhos, tu já sabes

(Porto Alegre, 03/12/2015)

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