sábado, 12 de dezembro de 2015

Intersubjetividade

Conheci a melhor faceta do ser humano. Não é um anúncio novo, porque já faz um certo tempo da descoberta. Ocorreu quando percebi nunca ter encontrado ninguém sem algo interessante a compartilhar. Aquele olhar que carrega um certo brilho, a própria história a ser contada, o jeito de rir com felicidade, a maneira de falar das pessoas que quer bem, os sonhos a serem construídos. São inúmeros os exemplos, e cada pessoa tem o seu próprio ponto de conquista.

Muitas vezes esta faceta está escondida feito uma ostra e precisa ser buscada. Enclausurada por diversos fatores que podem ou não ser conscientes, vejo que a própria dificuldade de relações interpessoais por muitas vezes é um agravante que encerra esta ostra dentro da concha existente em cada um de nós. 

Podem ser encontrados universos inteiros contidos e fechados, que se abrem para poucos exploradores. E noto cada vez menos pessoas dispostas à arqueologia destas nossas ostras humanas. Entender a intersubjetividade é ferramenta necessária desta arqueologia. Ela será o grande passo para uma melhor convivência social. Mas para este entendimento ocorrer de uma maneira massiva, será necessário a cada um despir-se do orgulho de querer mudar ou influenciar as outras pessoas com a sua própria subjetividade.

Quando preferirmos o entendimento à imposição e à influência, teremos dado um passo importante como seres humanos. E logicamente, caso algum dia esta utopia venha a ocorrer, terá de ser como uma percepção evolutiva de nossa consciência.

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