Penso muito no grau de responsabilidade que carregamos com as pessoas que convivemos. Há diferentes formas de se encarar, sendo que em um extremo ficam os que se importam com o bem estar das pessoas que os cercam, e no oposto os que vêem o prazer próprio acima de tudo.
Para a minha aparente infelicidade, estou inclinado a agir como uma pessoa que se identifica mais com o primeiro grupo citado. Escrevo sobre “aparente infelicidade” porque carregamos este peso de ver grande parte da nossa felicidade na alegria de quem nos é importante. Sacrificamo-nos pelo bem de outras pessoas. Mas até que ponto pode-se chamar sacrifício, se o bem de outros reflete de tal maneira em nosso bem? O problema ocorre quando a pessoa chega ao extremo de viver pelos outros, perdendo o amor próprio.
O outro grupo destaca-se pela busca da liberdade e paixão em aproveitar a vida. A liberdade total pode ser uma utopia, porém não duvido do proveito que se tira nos prazeres da vida, pois é mais fácil de aproveitá-la ignorando responsabilidades com terceiros. Não posso comparar os grupos com o amor que sentem pelas pessoas, porque muitas vezes os que são leves por não dependerem da felicidade dos que os cercam, simplesmente não notam se fazem algum mal aos que amam. E nisso consiste um problema. Já conheci algumas pessoas leves ao ponto em que viraram parasitas.
Há um equilíbrio que pode ser atingido nessa questão, porém normalmente nos encontramos em determinado lado desta forma de responsabilidade. Estar em seus extremos torna o ser insustentável para si, ou para a sociedade em que vive.
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