A vida é uma bela dama,
Que gosta de olhos no olhos;
E ao saíres da cantiga de roda,
Exigirá o tango dançar.
Em seu charme, seus mistérios,
Nos enigmas esconde paixão;
Seduz com jogos venéreos,
Atiça os pensamentos sérios,
Te obriga a pedir perdão.
Percorre o labirinto do destino
Sem atribuir metafísica às cousas;
Pensamento, só o genuíno;
Na profundidade não repousa;
É sábia em não explicar seu sentido,
Azedará seu gosto doce; não ousa.
Carrega a dualidade da morte,
Com, ceifa, capuz e capote;
Aguarda o momento da conquista
Sonhando em seus braços descansar;
Riscando seu nome da lista,
Para em seu último ato
Vir a lhe beijar.
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